Retrospectiva 2019 – Migração para o mercado livre de energia

Energia - 19/12/2019 às 8h55

Desde junho de 2019 a Companhia Campolarguense de Energia – Cocel distribui energia comprada através de leilão. A migração para o mercado livre de energia tem o objetivo de reduzir o valor final da tarifa aplicada aos consumidores já a partir do próximo reajuste e representa o fim do contrato com a atual supridora – a Copel Distribuição.

Em abril de 2018 a Cocel participou de leilão para comprar energia para os próximos dez anos. Realizado através da Comerc Energia, empresa especializada neste tipo de contratação, o leilão teve como vencedora a comercializadora Tradener Ltda. O novo contrato foi homologado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, responsável pela regulamentação de todo o setor elétrico no país. Conforme determina a legislação vigente, o contrato com a atual supridora (a Copel) ainda precisou ser mantido por um ano após a Cocel optar pela compra no mercado livre – por isso a energia adquirida através de leilão será recebida apenas em junho de 2019.

O diretor presidente da Cocel, José Arlindo Lemos Chemin, destaca que “a migração para o mercado livre coloca a Cocel no mesmo patamar de negócios das grandes concessionárias, é um marco na gestão da empresa”. Chemin ressalta que a concessionária gerencia uma pequena parcela dos custos que compõem o valor final da fatura de energia, e são estes custos que Companhia está buscando diminuir. As ações de melhoria que vêm sendo executadas já trouxeram resultados positivos – em 2018 a Cocel teve o menor reajuste tarifário do Paraná e recebeu dois prêmios da ANEEL: melhor concessionária de seu porte e a que mais cresceu no país.

O valor pago pela Cocel por cada MWh (megawatt hora) na compra da energia através do leilão é 27,9% menor que o valor pago atualmente à Copel. Nem toda a energia utilizada pelos consumidores da Cocel será comprada através do leilão – a legislação obriga as concessionárias a comprar cotas de energia das usinas Itaipu e Angra III. Uma parcela significativa da energia utilizada teve o custo reduzido e esta diferença será refletida nas tarifas finais. O custo da energia corresponde a aproximadamente 27% da composição final da fatura.

“Estamos trabalhando para alcançar a máxima eficiência no trabalho realizado, reduzindo custos e buscando redução da tarifa para os consumidores” declara Carlos Conrado Krzyzanovski, diretor técnico da Cocel. Krzyzanovski, que é funcionário da Companhia desde 1996, lembra que a migração para o mercado livre já vem sendo discutida na Cocel há muitos anos, e que a mudança foi concretizada após serem tomadas todas as precauções para garantir que trará benefícios para os consumidores.

19/12/19